08 dezembro, 2008

Natal

Vê lá, o Natal é como aquela etapa cansativa do percurso que tenho que atravessar, há luzes e cores como quando era menina, há mais sorrisos e mais lágrimas e eu não me encontro fácilmente em nada.
O Natal é tão bom como é mau e por isso cansa-me. Sinto-me a balança das intenções e das ações dos outros e peso no meu sentido de humor estranho o que me dizem nas suas profundidades ou nas suas superficialidades... e deve ser isso que eu peso... e detesto. Mas implico.
Eu até acho que a minha formula é simples, é aquela da paixão da vitima pelo raptor. Para tudo há um ponto médio que é preciso alcançar e rápidamente o meu cérebro processa a conta até ao numero final que não pode ser nem muito alto nem muito baixo. Dispo, eu sei... Dispo tudo para sentir se gosto, se me cai bem a forma que tem. E no Natal custa mais porque há mais formas, há mais conversas e mais motivos. Não se pode tão fácilmente fechar a porta ou passar sem olhar. Às vezes desato a rir de mim, será que me apetece ser antipática para equilibrar... ?

08 outubro, 2008

06 setembro, 2008

Call Girl


foto - Ashley Dupré


Gostamos, é bom, é mesmo o melhor do mundo.
O sexo é mais importante que nós. Alguns dizem que importam os filhos, o amor, a religião, a criação de um qualquer projecto, a dedicação... Mas o sexo é que fáz os filhos que vão fazendo tudo isto e que vão fazendo filhos.
As armas, a droga, o resto que inventes, existe depois do sexo. E só há armas porque houve sexo, só há politica e droga porque há sexo.
Claro que podemos ser tudo o que quisermos sem sexo. Cada um de nós é uma peça dispensável num puzzle focado do infinito e não é por aí que o mais importante para a natureza deixa de ser sexo. Sexo é mais do que a forma com que a boca mexe e se tiver dinheiro para fazer com que ela se mexa num sorriso, posso mais fácilmente manter a ilusão de que sou verdadeiramente feliz.



  • Página da Ashley Dupré no myspace Achei que os comentários estavam tão a propósito com o que falávamos sobre as razões de cada um para fazer o que quer que seja. E depois as "condenações" são excelentes. E os comentários dela, aliás toda a página: "eu sou musica" sim... e, ...pois "não, não tenho medo de perder fãs" ... Porque... Claro, porque ganha sempre qualquer coisa, já ganhou e vai ganhando e sabe... e diz, que a droga não a matou quando saiu de casa para vencer sózinha.
  • Gosta de sexo, claro que sim. E dela. Como todos nós.

    E quem disser, não, eu cá não gosto dela é para dizer que prefere loiras ou morenas de olhos asssim ou assado... É só mais do mesmo.

    Call girl é um produto da sociedade e o seu discurso e a sua apresentação tambem. Ou melhor, quero dizer-te que a sua forma de dizer ou mostrar que adora sexo, tambem é um produto da sociedade.

    É que nós não somos assim tão diferentes uns dos outros. Diferentes, só os objectivos.

    19 julho, 2008

    Não deves lembrar

    Não deves lembrar, mas eu quis lembrar-me de um livro que me deste e que não leste...
    O mundo independe de mim e eu não entendo o que digo, nunca mais vou entender o que digo.
    E se nós não tentassemos enteder o mundo pelo "eu" e se nós por fim conseguissemos entender o mundo pelo "eu".
    Tu não te lembras e eu olho para uma frase qualquer e digo-ta docemente ao ouvido, para que nunca a consigas entender... "Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando". E tambem ter a coragem dum sonâmbulo que simplesmente vai.

    23 junho, 2008


    Este medo de ter medo não é nada bom.
    Às vezes penso que já nem me lembro de como era não sentir nada por ali.
    Tenho um baixo que se enche de sombras pequeninas a crescer até se tornarem crisálidas que depois crescem até se tornarem imagos.
    E quase sempre o meu alto não consegue acompanhar o mistério da vida, sem que se lançe ele próprio no mundo das larvas. Eu tento subir por mim, mas é uma luta do caráças. E quando lá chego, ao cimo, vem o medo de ter medo outra vez, e lá recomeça tudo de novo...

    19 junho, 2008

    ...Ai estes uteros...



    Lembras-te da Eva?
    Morreu de cancro do utero... Aos 33 anos.

    13 junho, 2008

    Custa tanto saber o que se sente quando reparamos em nós!...

    Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é dele
    e não se cura de fora.
    Porque sofrer não é ter falta de tinta
    ou o caixote não ter aros de ferro!

    Fernando Pessoa

    10 junho, 2008

    Homens Geniais

    Os génios verdadeiros são escassamente encontrados na história da humanidade.

  • Reflexões
  • 13 abril, 2008

    Faz Uma Loucura Por Mim

    E o amor devia ser sempre mais do que não querer perder

    Não importa o aspecto ou a forma que adoptam, são todas assim, mulherzinhas.
    A experiência ensinou-lhes montes de coisas e usam com orgulho o orgulho que acham que devem ter quando tudo corre mal.
    Mas corre tudo mal, sempre. Mesmo quando corre bem.
    Corre mal porque ser homem é amar de maneira diferente.
    Claro que eu sei, depende do homem, então claro que eu sei, depende da mulher. Mas então porque é que são tão iguais umas às outras. Assim.
    É porque isto não são elas. Isto é o que acham que devem ser. É mais uma regra igual às regras todas que há para o Ser. Mas pelo menos no amor, na entrega (como diz a outra) devia ser diferente. As mulheres (que pensam e são inteligentes) deviam sentir o sentimento como de facto se sentem a elas próprias. O orgulho no lugar certo, no fundo delas e sempre... Mesmo quando tudo corre bem. Tu não sabes. Não tens como. Mas eu detesto aquela sensação que me é dada na transmissão de um grande, grande amor, de uma forma que não é a que eu leio no transmissor.
    Errada. Sim, sou eu que tenho a cabeça no carrocel, sou eu que estou errada. Que vejo mal. Isso era bom. Penso. Ainda bem. Mas elas continuam a surgir-me assim. Mulherzinhas.
    E tambem porque principalmente é assim que os homens as querem. Mulherzinhas.
    E se eles não são o que elas querem, (dizem), elas são precisamente o que eles querem.
    Não tinha mal, não teria nenhum mal, se elas tambem o quisessem (quando tudo corre bem).
    O peso desta angustia de sentir que nunca chega o amor de uma mulher, nunca chega, mesmo que ele seja mais do que perfeito. O mundo inteiro já deu conta disso. Na publicidade, na moda, na constante sedução, na forma como a própria mulher se entrega. Não chega. E principalmente se ele for perfeito. Não chega.
    Eu acho que nem ele nem ela sabem o quanto querem o outro, apenas sabem que não querem perder.
    E quando o homem e a mulher se põem a pensar aí então já nem a natureza pode seguir o curso.
    Valía mais que pensassem muuito, com muita inteligência, mas fossem animais de vontades superiores aos desejos que têm na cabeça...

    Mulher

    Assim de repente...
    Querias saber o que é ser "mulherzinha"...
    Isto é o que é ser mulherzinha.

    A Loba - Alcione

    03 abril, 2008

    Exactamente como nos filmes

    Não tenho muito para oferecer
    Nem tenho muito a tirar de ti
    Sou uma principiante em absoluto
    E sou absolutamente sã
    Desde que estejamos juntos
    o resto pode ir para o inferno
    Eu amo-te absolutamente
    Mas somos principiantes em absoluto

    De olhos complectamente abertos
    mas mesmo assim nervosos

    Se a nossa canção de amor pudesse voar pelos montes
    Pudesse rir nos oceanos
    exactamente como nos filmes
    Não há razão Para sentir os tempos maus
    Para deixar cair as linhas dificeis
    é absolutamente verdade
    Não há muita coisa que possa acontecer
    Não conseguimos abanar o sistema
    somos principiantes em absoluto
    e não temos tanto a perder
    desde que continues a sorrir-me
    eu não preciso de mais nada
    eu amo-te absolutamente

    But were absolute beginners

    But if my love is your love
    Were certain to succeed
    If our love song Could fly over mountains
    Could laugh at the ocean
    Just like the films
    Theres no reason To feel all the hard times
    To lay down the hard lines
    Its absolutely true


    25 março, 2008

    28 fevereiro, 2008

    Aqui tambem andamos sós

    Sentadinha na carpete, no escuro do quarto. Sem saber muito bem onde está. Isto é sexy.
    Do pescoço para cima.
    Com boa luz tranforma-se na Saffrom ou no que te apetecer. É sexy, sim.
    Mas não é facil de ver. O imediato diz-nos que é estupida e tonta e ficamos por esta noção, pois temos muito pouco tempo.
    Mas depois tambem é evidente que não é pelo acto só. Não é qualquer uma que é sexy a fazê-lo na carpete.
    Isto é muito pessoal. A tua frase de altos e baixos serem precisos para estar tudo bem, é tambem. Não é agradavel saber que quando está tudo muito bem, algo já está a morrer.
    A dualidade que complecta tudo, tem que haver por dentro ou é uma cagada.
    Mas sim tambem podemos ver tudo em todo o lado que ninguêm consegue rebater. É sempre pessoal. E se não é preciso muito para chatear uma mulher. Um pouco disto transforma-me logo numa fera. Devo querer por força colocar o teu "pessoal" ao meu jeito. Isto está errado.
    Nunca esteve bem. Devo perceber que há outras belezas, que não a que os meus olhos captam. Há outros segredos por tráz das coisas.
    E aqui tambem andamos sós.

    01 fevereiro, 2008

    23 janeiro, 2008

    Sundance Film Festival













    (Colin Firth e Saffron Burrows - Sundance F. Festival)

    08 janeiro, 2008

    Die Kunst der Fuge

    Cor, vida, o que se quiser pôr. Existe a matriz que preenchemos com o que temos para dar...
    A obra inacabada torna-se complecta, mais complecta ainda porque foi acrescentada...
    A ideia é clara, aquilo a que se acrescenta algo, torna-se maior. E eu sou o que acrescento às coisas, e gosto muito mais do que acrescentaría.