31 maio, 2005

Personal Jesus


Marilyn Manson

Reach out and touch faith

Your own personal Jesus
Someone to hear your prayers
Someone who cares
Your own personal Jesus
Someone to hear your prayers
Someone who's there

Feeling unknown
And you're all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
I'll make you a believer
Take second best
Put me to the test
Things on your chest
You need to confess
I will deliver
You know I'm a forgiver
Reach out and touch faith
Reach out and touch faith

Your own personal Jesus...

Feeling unknown
And you're all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
I'll make you a believer
I will deliver
You know I'm a forgiver
Reach out and touch faith
Your own personal Jesus
Reach out and touch faith.

28 maio, 2005

Incubus




As minhas fotos dos System of a down ficaram muito más. Escolhi esta dos Incubus no primeiro dia do 11º Super Bock Super Rock.

27 maio, 2005

Beijo


Renee Zellweger e Colin Firth

Há beijos tão bonitos. Eu hoje estou como tu. Não consigo escrever. Estou há tanto tempo a olhar para este beijo que fui "agarrada" por ele. E nada mais tenho em mente que não seja o fundo da lingua o sulco no lábio ou a saliva quente. Vou-me embora assim, portanto. Mas sem pensar que vou sonhar com isto, sem pensar que vou sonhar com o que quer que seja...

26 maio, 2005

Soho o nosso canto


foto-StephanEdelbroich

SoHo (de 'south of Houston') é a parte da cidade de Nova York onde se instalaram galerias de arte, lojas de roupas e boutiques, onde são vendidas preciosas curiosidades. Na década de 60, ia ser destruído quando chamou a atenção pela arquitectura de aço fundido dos seus prédios. Os artistas passaram a habitar os grandes lofts e com eles vieram as galerias, cafés e lojas. Hoje os preços são muito altos, o que levou os artistas a mudarem-se para Tribeca.
E porque o digo aqui se ambos sabemos tão bem onde fica? Porque por vezes é preciso saber que se sabe, em vez de ser o mecânico movimento do costume. Voar para lá e viver o momento. Porque é fácil deixar de o conhecer pelo que é e passar a vê-lo pelo que se passou lá. Depois tambem se torna fácil imaginar que todos o vêem como nós que deixámos de o ver para alêm do nosso canto.
E então situei.

25 maio, 2005

Deslizando



O ultra-romantismo nas letras.
Há liberdade criadora (o conteúdo é mais importante do que a forma. São comuns deslizes gramaticais).
É verdade no ultra-romantismo o que está lá por dentro é que importa e importa tanto que até têm razão de ser os deslizes na gramática. Deslizes é como quem diz... Que a única forma de te explicares correctamente é deslizando...

21 maio, 2005

O assunto morreu


foto-JuanCarlosRivas

Tudo o que é meu sumiu para dar lugar à tristeza, porque escrevi meia-dúzia de frases que agora releio e não percebo porque tiráste de lá tanta angustia. Melhor não escrever. Há dias que são maus para tudo. Fico com o som da tua voz e altero o texto que disseste. É estranho pensarem que somos, da maneira que detestamos que alguem seja. De propósito então... É estranho que penses que sou uma coisa próxima ao oposto do que sou.
Tudo o que é meu sumiu em ti e ficáste apenas na tristeza. Nem que eu explique muitas vezes não queres sair da tua tristeza.
Não te fiz nenhum favor, existo e conto-te as coisas que me vão passando pela cabeça e pelo coração. Não te dei o texto da serpente para melhorares da doênça, apenas me lembrei dele e falei. Ficas na cabeça com o que guardas e pássa a subjectivo o objectivo de qualquer momento nosso.
Fico a sentir a frase que escreveste por mais uns segundos... "Tudo o que é teu sumiu para dar lugar à tristeza" e tudo isso apenas com umas frases que me resumiram o dia e que escrevi daquela maneira. Só consigo pensar que é pouca a tua fé, não só em mim, no meu amor... Mas tambem no teu amor.

Um diário onde se escreve isto, como um desabafo. Porque se isto fosse uma carta era apenas "desculpa o que quer que seja, que seja culpa minha" mais para saberes que não foi intencional como duramente dizes.

20 maio, 2005

São estes os amores da vida


foto-YuriDojc

Se não vires não perdes grande coisa. Que poderías perder em algo que escolho, que não tenhas escolhido? A importância é de quem a agarrar e de quem a deixar ficar, depois resulta na inocência de o fazer. Todos os dia podia escolher um sorriso para ti, ou a parte de trás de um sorriso...
Fica o que eu acho, ficam as curvas das mulheres que me apetecer guardar, ficam as legiões de homens que as perseguem porque ali se motivaram, na posição, no reflexo, no que se emendou depois de recolhido na objectiva.
A vida, é isto a vida. São estes os amores da vida.

17 maio, 2005

Tu mudaste a natureza


foto-WillyRonis

"...Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor
Tu não me tiraste a Natureza...
Tu mudaste a Natureza..."
(FernandoPessoa)

Gostei de tudo o que escreveste. Até da àguia que perdeu o peixe.
E de ontem gostei mais ainda, lamento não ter tido capacidade de resposta mas é verdade.

14 maio, 2005

Por tudo o que significava para ti


foto-GeoffroyDemarquet

Não são apenas as palavras que alteram tudo o que era. As minhas, de quem está cansada e desabafa sem pensar na consequência, até nem são assim tão más, podes sempre ver o quanto definitiva a pessoa é quando fala, as emoções que pássa para fora sem que o interior se altere tanto assim.
Muitas vezes não falamos, sorrimos... E já estamos a mudar.
Desabafei. E resolveste ficar por ali, como se tivesses caído num buraco que não viste no chão e te recusasses a andar para a frente.
Sim ficas preso ao "já nada é igual" mas tambem não o é quando serenamente ao andares pela rua imaginas coisas e te perdes num olhar que não fáz parte de nós. Quando te movem alegrias que vêm de outros lados. Aquilo está vivo... Faz-se e cresce. E pulsa como um coração, a menos que se obrigue a ele proprio a um regime autoritário que eu nunca lhe dei, é livre e foi livre que "proferiu" as palavras e as deixou lá.
E tu és livre de tudo o que te apetecer com isso que sentes. Porque eu tambem sinto fins em pequenos nadas que ninguêm repara... E tenho que viver com eles. Com os fins, com os receios , com o que quer que seja que a minha cabeça invente ou entenda. É a solidão mesmo acompanhada, acredito que se todos pudéssemos, todos mudavamos.

12 maio, 2005

Aconchego


M.C.Barth

Factos. E uma mão na testa. A importância dos casulos, as casas onde não pode haver surpresas... Grandes, onde só cabemos nós.

09 maio, 2005

A flor da batata



Dourado é quando se brilha em tons de amarelo. É apenas mais uma forma minha de te ver. Pode ser porque cada sarda tua, tem um candeeiro de luz dentro dela.
Aqui está o resultado da batata, na qual nunca tive esperânça. E dizem que é preciso fertilizante e adubo e cuidado e tanta coisa... Cresceu porque lhe apeteceu, na minha terra que secou por algumas vezes. Reguei antes de a fotografar. Tem uma cor alegre, deixo-a aqui para nos animar a semana... A túlipa.

07 maio, 2005

Cléo




Cléo de Mérode
1873-1966

Uma das grandes belezas francesas de todos os tempos. Entrou no opera School of Dance aos oito anos e começou a dançar profissionalmente aos onze. Era muito pequena e por demonstrar grandes habilidades para o ballet, aos treze foi escolhida para dançar um dos mais prestigiados ballets de Paris, o "Choryhée".
Em 1896 o rei Leopoldo II da Belgica que negociava na altura com o governo francês interesses em africa contra a Gran Bretanha e conhecido por admirar a bailarina, enviou-lhe um bouquet de rosas vermelhas. A admiração do rei espalhou-se pelas "bocas" do povo de paris. Cleo protestou ter um alegado caso mas infelizmente o rumor de ser a favorita real permaneceu ligado a ela para o resto da sua vida.
Embaraçada, saiu de Paris mas continuou a dançar em Hamburg, Berlin, St. Petersburg, Budapest, e New York. Foi a primeira mulher a dançar com um bailarino masculino no Russian Ballet.
Aos 42 voltou a Paris e só recebeu convites para dançar no Comic opera, considerado o palco reles da dança de Paris. Partiu então para Biarritz e nunca mais regressou. Morreu em 1966. Embora não se tivesse conseguido libertar dos rumores do passado Cleo de Mérode permanece hoje uma das mais belas e talentosas mulheres do mundo. Sempre associada aos postais de nús franceses do início do séc XX. E nunca posou nua.



05 maio, 2005

Alargamos o horizonte


foto-BillPeronneau

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
"Sophia de Mello Breyner Anderson"

Ai as necessidades! Ficamos a olhar o espaço para onde fugimos. Nem sempre nos acalma, pode ser que seja da outra dimensão que nos dá. Aí, esquecemos o que levámos até lá, o que nos levou. Alargamos o horizonte.

02 maio, 2005

Apólogo de Kafka


foto de StefanStenudd

Estava a pensar em coragem. Em algo que li de todas as virtudes se relacionarem umas com as outras e de todas se relacionarem com a coragem. Isto num pequeno tratado das grandes virtudes...
E acabei a pensar em Kafka, não sei se podería ou não deixar de ser. Fiquei a sorrir.
Aqui fica o apólogo de Kafka sobre um homem que busca a lei.

Diante da Lei está um porteiro. Um homem do campo acerca-se dele e pede-lhe que o deixe entrar na Lei. Mas o porteiro diz-lhe que agora não o pode deixar entrar. O homem reflete e pergunta se poderá, então, entrar mais tarde. «É possível», diz o porteiro, «mas agora não». Como o portão da Lei se encontra, como sempre, aberto e o porteiro se afasta para o lado, o homem inclina-se e olha para dentro através do portão. Assim que o porteiro repara nisso, ri-se e diz-lhe: «Se te atrai assim tanto, experimenta então entrar, apesar da minha proibição. Mas repara: eu sou forte. E sou apenas o porteiro mais ínfimo. De sala para sala há, porém, outros porteiros, cada um deles mais forte do que o outro. Até eu próprio já não consigo suportar o aspecto do terceiro porteiro».

Para resumir: o camponês espera a vida toda. O porteiro reconhece que ele já está próximo do seu fim. Para alcançar o seu ouvido moribundo, berra-lhe: "Aqui mais ninguém poderia ser admitido, pois esta entrada era apenas destinada a ti. Agora vou-me embora e fecho-a."