27 outubro, 2006

Padrões de beleza



Pois é ;)
Mas eu cá continuo a achar que aquilo que nos desperta a tesão, ou outra qualquer parte de nós, é o que de facto diz o que somos. E não depois os mecanismos que temos de ética, que nos inibem ou fazem com que não tenhamos coragem.
Ou seja, somos explicados através daquilo que nos atrai.
Amamos o que somos capázes de amar e só desejamos o que temos capacidade para desejar. Batons, modas, cores e calças apertadas. Bonitas, elas, não importa o quanto. Um pouco só, ou muito e a vontade cresce.
O outro que só via corvos e amava o negro, provavelmente nem iria reparar nela.
E sabes como sei tudo isto? Da mesma maneira que sei que a Cristina não te iría levar a mal, é das que sabem que a beleza é fundamental. Contudo ainda bem que existem tantos padrões quanto pessoas diferentes.

19 outubro, 2006

In search of surrender



I am, you see, a woman who has been in search of surrender my whole life – to find something, someone, to whom I could subsume my ego, my will, my miserable mortality. I tried various religions and various men. I even tried a religious man. And then he found me, the agnostic who demanded my submission.

“Bend over,” he’d say, gently, firmly. I can hear it now – echoing in the bowels of my being.
Toni Bentley
(foto - Balanchine’s Apollo, as the New York City Ballet danced it in the sixties)

13 outubro, 2006

Cenas




Falamos do que é mental, da materialização dos receios e das coisas más que a cabeça guarda. E o amor, que tambem é mental, devia ser mais ainda para não corrermos riscos de amarmos quem não queremos.
Materializo aquilo em que acredito com medo ou com esperânça. E por isso é como se pudesse dizer que no fundo materializo aquilo que sou.
E sou capáz de te ver tão bem por tráz dessa tua vida. A ti, que me seguras e a ti que não me sabes segurar. Vejo-te, materializado pelas minhas vontades e pelos meus medos, porque sei que muitas vezes havemos de errar os mesmos erros. Não é exclusivo de ti nem de mim. E o amor mental, que não nos choca nem nos surpreende com a evidência de uma desilusão, tem menos de nós provavelmente, não nos ensina que esperamos cavaleiros e princesas à imagem do que mais nos atrai e do que mais nos repele e isto, permanentemente, a toda a hora, em todos os lugares, com os tais três olhos ou com uma cegueira já habituada. Eu acho que podemos ver e não ver nada. E não ver e ver tudo. Prefiro não ver e chegam-me cá estas ondas que vibram o que és e saiem de mim as que vibram o que sou, para que alguêm apanhe, quem sabe, para que alguêm apanhe com muita esperãnça minha que as mereça.
(foto - Demi Moore)