22 novembro, 2005

Aqui e lá




Este mistério das minhas olheiras que vêm com a chuva...

(foto-Colin firth em Budapeste - Premiere WTTL)

19 novembro, 2005

Múltipla



"Sinto-me múltiplo, sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas".
Fernando Pessoa e a eterna pluralidade, que se ordenava para o Uno, como ele dizia.
O universo é plural mas é Uni-verso.
E assim é possivel tambem me encontrar se me dividir.
Múltipla. Cheia de veias de corpos que ajem diferentes do meu. E que eu digo não ser capáz... E que eu digo ser capáz.
Mutável... Múltipla... Ciente das diferênças de mim para mim.
"Eu plural e contudo unívoco"

16 novembro, 2005

You're beautiful



Não sei como se passa.
Se há estradas dentro das cabeças das pessoas... Se é verdade que podem dizer "Estás bonita" sem ser por quererem foder-me logo ali contra a parede.
Às vezes "Estás bonita" não passa de mais uma frase entre muitas, pode querer dizer que repararam numa pequenina mudânça de penteado.
Deve ter mais a ver com o que se trás na pele, no cabelo, nos olhos...
Porque bonitos somos ou não e não andam a mudar de opinião.

(foto - Penelope Cruz)

06 novembro, 2005

La vérité nue



Verdade nua. Duas palavras juntas que têm o poder de nos fazer intensificar a verdade, como se pudesse haver uma verdade e uma semi-verdade. E aquilo que é verdade pode ser mais verdadeiro? Mais nú?
Porque não somos Seres verdadeiros, porque andamos muito vestidos.
E em cima da roupa ainda há a moda e os sorrisos, gostamos destas frases definitivas.
A verdade aqui é imperativa.
É nua!
Treme de frio até aos ossos.

(Poster Francês - Where The Truth Lies)

04 novembro, 2005

E depois outro beijo



Trocávamos de lugar, mas não podemos...
Ouvias-me falar o que tu falas e percebias como invisto o amor quando o meu amor é um investimento.
Claro que não tenho sempre a certeza do que te importa. Não serias magoado pelas mesmas palavras que me magoam a mim e aí foi um erro dizer-te que bastava mudarmos de lugar para que me passasses a entender.
O que sei é que não te digo as mesmas coisas que me dizes e que isso já te põe no lugar confortável que só deixa de o ser quando me ponho a falar demais sobre o que tens e que eu desgosto, mas mesmo aí tu interpretas como sendo eu a magoar-te, as tais manifestações de raiva e isso retira-me a culpa. Como é confortável alguêm te magoar apenas porque te quer atingir.
Deves ter dentro de ti a tal bola de sabão bem cheia de cor que te fáz acreditar no meu amor.
E eu tenho a bola que tenho, sei lá com que tamanho que me fáz acreditar no teu. Gosto que ela dependa ( a minha fé no teu amor) das tuas percepções de sentimento pelas outras mulheres que amas. Quando não for assim, provavelmente serei como tu. E ainda bem que não sou. Sinto que tenho um espaço... E que esse espaço tem uma sombra, reconheço-a sem que ninguêm me diga que sombra de pessoa é. É essa sombra que eu consigo ou não amar, com ou sem ciúmes.
A importância não me chega em embalagens fechadas às quintas e sábados pelo correio internacional.
Entendo isso como uma reacção a tudo o que se passa à tua volta e acho caracteristico de uma forma de amar que não sendo a minha não posso achar condenável. Só posso dizer que formas de amar eu prefiro e foi isso que fiz, é isso que faço, mais constantemente do que devia, eu sei, e provavelmente nem sempre da melhor forma.
Defeitos... São... Existem deste tamanho. Outros maiores. São bons e maus. Tornam tudo bom ou mau à minha volta. E não é assim com toda a gente?
Ora ainda bem. Já me estavas a fazer sentir estranha.


(Colin Firth, Mena Suvari, - Trauma)

01 novembro, 2005

Never try to trick me with a kiss



Never try to trick me with a kiss
Pretending that the birds are here to stay;
The dying man will scoff and scorn at this.

A stone can masquerade where no heart is
And virgins rise where lustful Venus lay:
Never try to trick me with a kiss.

Our noble doctor claims the pain is his,
While stricken patients let him have his say;
The dying man will scoff and scorn at this.

Each virile bachelor dreads paralysis,
The old maid in the gable cries all day:
Never try to trick me with a kiss.

The suave eternal serpents promise bliss
To mortal children longing to be gay;
The dying man will scoff and scorn at this.

Sooner or later something goes amiss;
The singing birds pack up and fly away;
So never try to trick me with a kiss:
The dying man will scoff and scorn at this.

Sylvia Plath