28 junho, 2005

Ben and the ants


Mena Suvari e Colin Firth "Trauma"

Obsessão, trauma. Trauma. Tudo cabe.
As meias pretas ou de qualquer cor.
Podemos usar muitas palavras ou quase nenhumas e só sons. As coisas não têm de ser rectas, seguir uma linha a direito.
Por vezes apercebo-me que não é grave parar no percurso da minha propria evasão. Recolho os traumas, controlo-os e partilho a lucidez para que não me prendam ou excluam como ao Ben.
He wants to be sane, happy, and normal. But none of these things happen to him because he is a fantasist, and he’s failed to grow up, basically. Colin firth's words.

23 junho, 2005

Paixões




Tens assuntos, tens uma forma bonita de os expressares e vou trabalhar para o teu ego porque me sinto bem e está uma bela noite!
Embora o dia não tenha sido grande coisa... Robert Graves relaxou-me a noite e fez-me lembrar coisas que amo ou que como dizes me apaixonam.
Apaixono-me por tudo, dizes tu.
Terrível isso, se assim fosse.

19 junho, 2005

Um cigarro numa cigarra


BritneySpears

Bonito! Um certo senhor de um filme é que dizia que tinha esperânça que os cigarros o matassem antes que isto tudo piorasse. :)

17 junho, 2005

O bocadinho de ar


foto-HarriElíasson

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento... (Sophia de Mello Breyner).
Ficamos na ideia da confusão, num espaço aberto mas denso, onde mal se respira mas ninguem acredita que mal respiramos.
Mesmo que eu morra o poema não sai do seu trajecto, mesmo que eu tenha esperãnça de vê-lo encontrar a praia onde quebrar as ondas. Eu morro e antes de o fazer ou o mato ou o alimento... E às vezes mato-o de alimento...
Viro-me para dentro e convenço-me que existe muito ar para respirar, só não convenço o mundo do bocadinho de ar que me falta.

15 junho, 2005

Where the truth lies


Em cannes

A canção de Rupert Holmes que primeiro nos vêm à cabeça, sem sombra de duvida...

I was tired of my lady
We'd been together too long
Like a worn-out recording
Of a favorite song
So while she lay there sleeping
I read the paper in bed
And in the personal columns
There was this letter I read

"If you like Pina Coladas
And getting caught in the rain
If you're not into yoga
If you have half a brain
If you'd like making love at midnight
In the dunes on the Cape
Then I'm the love that you've looked for
Write to me and escape."

I didn't think about my lady
I know that sounds kind of mean
But me and my old lady
Have fallen into the same old dull routine
So I wrote to the paper
Took out a personal ad
And though I'm nobody's poet
I thought it wasn't half bad

"Yes I like Pina Coladas
And getting caught in the rain
I'm not much into health food
I am into champagne
I've got to meet you by tomorrow noon
And cut through all this red-tape
At a bar called O'Malley's
Where we'll plan our escape."

So I waited with high hopes
And she walked in the place
I knew her smile in an instant
I knew the curve of her face
It was my own lovely lady
And she said, "Oh it's you."
Then we laughed for a moment
And I said, "I never knew."

That you like Pina Coladas
Getting caught in the rain
And the feel of the ocean
And the taste of champagne
If you'd like making love at midnight
In the dunes of the Cape
You're the lady I've looked for
Come with me and escape - Escape (The pina colada song)

Por causa do filme Where the truth lies, que me apetecia tanto ver esta noite...


11 junho, 2005

Sonhadora


GeorgeLosse

In vain have I struggled. It will not do. My feelings will not be repressed. You must allow me to tell you how ardently I admire and love you" Darcy in Pride and Prejudice. This was the most distinguished sentence he said the whole film. Darcy, or Colin rarely talked in the film however, his look, appearence or even his absence was always important, he has captured all the attentions even in his silence. He was the best chracter the novel, and Colin brought into life. Jane Austen did never marry, I believe that might be, for she could never find someone like Darcy in her life. I have read the novel yet I found the film more interesteing and exciting to watch. So, Pride and Prejudice is always the best.

Lá há quem deixe os sonhos dominarem a existência. Pode-se andar entre cá e lá, umas vezes dominada pelo sonho outras dominada pela realidade. Tirar o melhor dos dois mundos, encontrar o equilibrio. O que é uma vida sem sonhos profundos? Deve ser uma vida mais ou menos ao de leve, com pouca profundidade.
E há sonhos porque há gente muito ambiciosa. Demasiado ambiciosa. Gente a quem a realidade dificilmente consegue contentar. Seja como for, é sempre tão saudavel sonhar. Dizem que o mundo pula e avança...
Então bora lá...
Continuemos...

09 junho, 2005

Meia dúzia de muuuuitas vezes




Quatro anos que passaram depressa. E aconteceram imensas coisas. E zangámo-nos uma meia-duzia de muuuuitas vezes. E guardámos os sorrisos por tempo indeterminado.
Quatro anos são tantas noites.
Se tivessemos saltado do primeiro dia para hoje, não conseguiamos pois não? Não conseguiamos ser como somos. Seriamos nós no segundo dia mas com um segundo dia diferente possivelmente.
Quatro anos... E teve para sair o Bocage que está prometido à tanto tempo... Mas não, ainda não foi desta. Fico eu a repousar assim deitada...
Como faço aí, meia duzia de muuuuitas vezes.

06 junho, 2005

História, histórias, comunicação


foto - AbelMiller

A história de tudo tambem não passa disso... De história. O desleixo até é positivo, pode querer dizer que estás a viver a tua história. E eu pessoalmente, sem querer utilizar a expressão desleixada, tambem te digo que não tenho grande interesse, a não ser que o meu "olhar" se enamore, por qualquer razão.
A história em si, tem o fundamento da cultura. É bom "crescer", é bom saber. Mas nada mais. Que os entendidos e os que trabalham na area saibam imensos pequenos pormenores acerca de tudo. Eu acho muito bem. Daqui por algum tempo tambem se vai fazer história sobre os que agora vivem. E se for com justiça será mais a dos que fazem acontecer do que a dos que fazem acontecer para ficarem na história. Eu espero que sim. Não sei em que etiqueta vem contabilizada a verdade das coisas mas gosto de achar mais verdadeiro (no sentido da beleza) o que é feito com paixão, saber e desinteresse.
Que se fale muito de história, agora e sempre.
Está na moda.
Está na moda falar acerca de tudo. Estamos em plena era da comunicação.
Chegamos a falar mais do que o que sentimos e mais do que o que sabemos... Imagina!

(sobre a história da arte, que falávas)

05 junho, 2005

É uma pérola


Vermeer-pearl-earring

Vermeer e as imagens luminosas. Tracy chevalier e as palavras sobre os reflexos e as cores. Hoje são cores que tenho a sair de mim. Para distraír o preto e branco que me invade muitas vezes. E saiem mesmo com reflexos, são bonitas.
A rapariga com o brinco de pérola, que tem a sua própria ideia sobre o poder da luz. Que sabe o que pensa sobre assuntos que nunca aprendeu, apenas porque consegue ter um olhar para lá do primeiro olhar.
É uma pérola.

-"Lick your lips, Griet."
I licked my lips.
"Leave your mouth open."
I was so surprised by this request that my mouth remained open of its own will. I blinked back tears. Virtuous women did not open their mouths in paintings. -

01 junho, 2005

Vá dove ti porta il cuore


(perdi o autor, espero encontrar e repôr)

Vejo que me leva por espaços que preciso descobrir. Onde tenho a aprender, onde tenho a dar. Penso na famosa descrição de Susanna Tamaro sobre o que fazer cada vez que me sentir extraviada ou confusa. E isso não serve para quem não tem consciência de se estar a extraviar ou confundir. As árvores, a copa e as raízes... o vento.
Respirar profundamente. Sentar e aguardar... Acalmar. E em silêncio escutar o coração. Tudo simples demais para caber no complexo do humano que tem ânsias. Não é com manual. E quantas vezes eu posso ouvi-lo à pressa enquanto grito e se me calo tudo se cala e ele cala-se tambem. E não me diz nada. Não me indica o caminho. Emudece. E há quem o oiça e não páre de escolher o outro caminho. Deve poder ser qualquer um. Mas quando se pensa, se dói o pé, foi sempre o outro, o errado.
O coração precisa de autorização (liberdade é a parte linda que se quer ver) e às vezes só não damos. E ponto final.