19 julho, 2008

Não deves lembrar

Não deves lembrar, mas eu quis lembrar-me de um livro que me deste e que não leste...
O mundo independe de mim e eu não entendo o que digo, nunca mais vou entender o que digo.
E se nós não tentassemos enteder o mundo pelo "eu" e se nós por fim conseguissemos entender o mundo pelo "eu".
Tu não te lembras e eu olho para uma frase qualquer e digo-ta docemente ao ouvido, para que nunca a consigas entender... "Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando". E tambem ter a coragem dum sonâmbulo que simplesmente vai.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bonitas as palavras...
Claro!...Isto na literatura filosófica não é bem como na minha conversação que anda perdida em demasiado betão cartesiano, pouco original, ás vezes, penso mesmo que as minhas saidas são de uma grosseria tremenda...além de ter de acrescentar a tudo isso uma memória pouco fiável...
Ao contrário, tu, no que escreves, no que pensas ou dizes, a coisa é de uma limpidez admirável. Tão limpido que eu por vezes não vejo maneira de te encontrar quando te perdes... Não sei porque é assim..
nada mais que genética provávelmente.

Beijo. Boa noite.
:)