13 abril, 2008

E o amor devia ser sempre mais do que não querer perder

Não importa o aspecto ou a forma que adoptam, são todas assim, mulherzinhas.
A experiência ensinou-lhes montes de coisas e usam com orgulho o orgulho que acham que devem ter quando tudo corre mal.
Mas corre tudo mal, sempre. Mesmo quando corre bem.
Corre mal porque ser homem é amar de maneira diferente.
Claro que eu sei, depende do homem, então claro que eu sei, depende da mulher. Mas então porque é que são tão iguais umas às outras. Assim.
É porque isto não são elas. Isto é o que acham que devem ser. É mais uma regra igual às regras todas que há para o Ser. Mas pelo menos no amor, na entrega (como diz a outra) devia ser diferente. As mulheres (que pensam e são inteligentes) deviam sentir o sentimento como de facto se sentem a elas próprias. O orgulho no lugar certo, no fundo delas e sempre... Mesmo quando tudo corre bem. Tu não sabes. Não tens como. Mas eu detesto aquela sensação que me é dada na transmissão de um grande, grande amor, de uma forma que não é a que eu leio no transmissor.
Errada. Sim, sou eu que tenho a cabeça no carrocel, sou eu que estou errada. Que vejo mal. Isso era bom. Penso. Ainda bem. Mas elas continuam a surgir-me assim. Mulherzinhas.
E tambem porque principalmente é assim que os homens as querem. Mulherzinhas.
E se eles não são o que elas querem, (dizem), elas são precisamente o que eles querem.
Não tinha mal, não teria nenhum mal, se elas tambem o quisessem (quando tudo corre bem).
O peso desta angustia de sentir que nunca chega o amor de uma mulher, nunca chega, mesmo que ele seja mais do que perfeito. O mundo inteiro já deu conta disso. Na publicidade, na moda, na constante sedução, na forma como a própria mulher se entrega. Não chega. E principalmente se ele for perfeito. Não chega.
Eu acho que nem ele nem ela sabem o quanto querem o outro, apenas sabem que não querem perder.
E quando o homem e a mulher se põem a pensar aí então já nem a natureza pode seguir o curso.
Valía mais que pensassem muuito, com muita inteligência, mas fossem animais de vontades superiores aos desejos que têm na cabeça...

1 comentário:

Anónimo disse...

É!
É mesmo "não querer perder"...
Penso que vem do conceito humano de "conquista" adaptado aos rituais sociais com que homens e mulheres levam a coisa. Conquistas que nem um nem outro apreciam às vezes, mas felizmente, a moral-social é salva....e este é o drama!
A solução?
Seria poder alterar amores, vontades de acordo com o humor do dia. :)