18 janeiro, 2007

"When you reached the shore, everyone crowded around you.You the star!"




Tudo se confunde, rio e oceano como as descreveram um dia (um certo realizador), e tu aí com a tua confusão, menor que a minha talvez mas para mim maior porque não a fáço. Ri-te. É para comparar agora, para despentear e comparar. Não digas onde vês o rio e o oceano. Não digas que não vês absolutamente nada, não preciso de ouvir o que vês porque o sinto, e como existe a arte do cinema que mascara caras e corpos e nos mantém confusos ou iludidos, existe a arte de cada um para isso mesmo, e a arte, ao poker ou a caminhar pela sua verdade, convence ou não, conforme nos dispomos.
E dispomo-nos de certeza aqui tambem para um lado diferente.
A falar entre as folhas, este oceano que defende a Gemma é capáz de me levar numa viagem sem fim. O rio, tumultuoso, a fazer bluff no poker, leva-me apenas até ali, e com muita consciência de que só vou porque quero ir. Não imaginas como gosto que a minha ilusão seja maçadora e permanente. É como dizer-te que até defendo as duas mas só uma para mim é especial. Como nas versões várias do amor ou do enamoramento, sabemos tão bem o que gostamos, os livros que nos marcam, os poemas, as cidades. Se os confundimos é porque a paixão não é tão grande.
(foto - jennifer e Meg tilly)