26 novembro, 2007

24 novembro, 2007

Lugares




Estes lugares assim que temos dentro de nós e estão cheios de coisas só nossas...
São bons... E foi o que me apeteceu dizer-te.
Lugares onde fazemos os buracos que queremos para depois gritar lá para dentro.
Lugares sem caminhos, onde é muito bom que ninguem sinta vontade de ir.
Sei lá se consegues perceber, é que a tua especialidade são mesmo os lugares bonitos, talvez de piscinas às formas onde interessa menos nadar do que combinar...
Eu acho que o musgo invadiu as minhas paredes, hoje. Sinto-me ao vento e danço de alegria. E não é que é mesmo dia para dançar... É dia de festa.

28 julho, 2007

The Last Legion



Por cá ainda não...

18 julho, 2007

O desejo sem a falta




O desejo sem a falta é coisa de gente muito madura. É como imaginar sede ou fome e ter sempre tudo à disposição.
Eu acho que há, mas quem sente tem que querer chegar um pouco mais longe, porque na verdade nunca se tem tudo. O problema do desejo é ele ser tão pouco e apenas pelo vibrar de uma qualquer vontade ou paixão ou satisfação, aquilo que se quer conseguir, como uma volta num carrocel ou um brinquedo para uma criânça. O desejo sem a falta presupõe uma certeza e nós gostamos de dizer que não temos a certeza. O desejo é uma fome, é uma vontade, e nós gostamos de dizer que ás vezes não nos apetece. Talvez, dizes bem, os olhos gostem de registar outras coisas. Talvez exista quem olhe de outra forma ou quem veja cores a todo o momento no mesmo jardim. Tambem faz parte do fenómeno de ver nos outros aquilo que temos dentro de nós e há quem tenha tão pouco dentro de si.
Eu acho que a falta não é necessária. O que ela fáz é pôr a pensar quem não pensa quando ela não existe. Quem não pensa provavelmente quando algo corre mal, arrepende-se.
Eu gosto de achar que a maturidade tambem é não nos arrependermos, como se já tivessemos pensado tudo antes do que pudesse vir ou não a acontecer, ou simplesmente não importasse o que lá viesse, porque simplesmente se sabe, porque se sente.
Sentir seja o que for, mais, porque se teve a falta, é feio. Para a poesia, para a filosofia, para a história de amor, para a arte. Mas nós reconhecemo-nos nesses pequenos momentos de encontro e de paixão. Nos momentos em que se fazem as pazes ou em que ele ou ela voltam de longe. Parece que é o que sentimos quando encontramos o guarda-chuva que pensávamos ter perdido, ou uma nota esquecida no casaco do inverno que não vestiamos há meses.
Eu percebo, é o voltar a pensar nela como uma coisa nova. Ou o constatar , obrigado pelos acontecimentos, que afinal até se gosta dela.
Não é um pouco triste para ti? Não é um pouco frágil?
Mas é o motor de muitos de nós, não é...? E talvez seja o nosso tambem.
Descasquei e era o caroço e a casca o teu texto, mas isto porque tu és o caroço e a casca do meu fruto, quem sabe não é por isso que não preciso de ausência.
Dirás que não. Que só escrevo assim porque sinto prazer em contrariar-te. E eu que posso fazer... ? Sou contra a ausência e contra a falta e contra o desejo que cresce com elas. Sou velha, só pode ser...
Foto - "My life so far" Colin Firth e Mary Elizabeth Mastrantonio

30 junho, 2007

The girl in a swing






Já cá não vinha há algum tempo e foi difiçil entrar, não imaginas.
Estou cansada. Sabes a foto, a foto que gosto, o ar de quem vai numa nuvem deitada e se deixa soprar? Eu sei que sabes. Ía colocar uma como o trânsito imenso que carrego no peito, mas assim agradeço-te estas imagens tão lindas da Meg Tilly.

20 abril, 2007

Your Own Way




"People say that you're going the wrong way when it's simply a way of your own" -
Angelina jolie

foto - Sylvie Guillem e Russell Maliphant

15 abril, 2007

Acontece



Acontece. Começo a falar para dentro de mim, e de repente esqueço-me do dialecto, do que faço e assino e do que sou.
Quando falo para ti e penso nisso, aconteçe o mesmo.
Não me lembro se lhe chamaste arrogância, eu agora chamo-lhe arrogância e digo que lhe chamaste isso, a minha arrogância não me deixa acreditar que os outros saibam o que significa uma entrega, nem importa o numero de vezes que reviram os olhos.
Prometi ficar bem, ou escrever... Foi... Eu acho que foi uma dessas coisas. Mas não foi uma ordem, mesmo que fosse, sorririas e dirias que nunca seria... Que tu não ordenas.
Acontece que eu, de tanto ver o outro lado menos óbvio e de levantar as pedras para as ver por baixo, senti algures pelo meu dia que tinha que cumprir a ordem que não deste. Não acredito que me vejas como sou, porque não acho que vejas o mundo como eu o conheço. Falas-me dos outros e eu não subscrevo o que vês nos outros. Para mim é sempre um erro teu, um erro enorme, nada é tão distorcido como a tua verdade. Enerva-me. Enerva-me tanto que nem quero acreditar. Limpo. tiro tudo o que ouvi e imagino que é de propósito, é o que trago do passado, quando a encenação é a base para tudo, se encenares bem talvez consigas sentir. Há uma espécie de dominância nesse controlo que te dou, que te fáz incapáz de me desiludir, que vem com o sorriso do "não quero saber disso para nada" que tens porque tens, que é teu. E que me sobe pela raiz como uma esperânça de que sejas tal e qual como imagino. Sem possibilidade de haver melhor.

"O amor é o triunfo da imaginação sobre a inteligência.
É assim que eu te amo,
sem saber nada
mas imaginando tudo..."

16 março, 2007

se gosto de ti se gostas de mim se isto nao chega tens o mundo ao contrario



Quando não dizemos nada de importante pedimos desculpa ou então culpamos os trogloditas que alguêm deve ter dito que eramos. Mas não dizemos nada de importante porque não nos juntamos para isso. E nesse nosso mundo ao contrário, devo dizer-te porque acredito mesmo nisso, o que é importante, é tudo o que dizemos e tudo o que pensamos. E aquilo que fazemos, que não temos que fazer. Se o mundo ao contrário caísse, e se partisse, a minha cabeça devia conseguir fixar-se numa frase tua importante. Mas nas vezes em que pareceu que caiu, a minha cabeça fixou-se no silêncio, o teu silêncio parece ser suficiente para me fazer imaginar a perder qualquer coisa muito boa. Deve ser, na minha cabeça, um silêncio cheio de importâncias. Não é portanto o que dizes ou o que falamos... Somos nós... És tu. E é porque isso me chega, que gosto do mundo ao contrário.
(foto - Lie with me)

22 fevereiro, 2007

Darcey Bussell

Darcey Bussell, About the pain

Com calma acabei por resolver o mistério do link.
E vou-me esquecer de te perguntar se viste os meus comentários gémios à tua foda da mente...
Por isso aqui fica a pergunta.
Viste?

21 fevereiro, 2007

A vontade



"Every person takes the limits of their own field of vision for the limits of the world."
Arthur Schopenhauer

Para Schopenhauer a vontade é que era importante, mas ele era um Ser e cada um de nós é outro Ser. E ler pensadores serve para nos conduzir melhor ao nosso próprio pensamento e não para fazer do deles o nosso pensamento.
Para mim, Sobre a raiz quádrupla do princípio da razão suficiente, e depois de percorridos os caminhos da vontade que antecipa o movimento, que tráz ou não a felicidade, percebo que a vontade é que é de facto importante.
A vontade, a força e qualidade da nossa vontade.

foto Bill Cooper- Darcey Bussel

19 fevereiro, 2007

Girls line


A tua foto ficou bonita. O azul ficou bonito...
As tuas palavras tambem, posso vê-las tão bonitas que só me apetece responder-lhes com sorrisos.
Tenho mesmo a sensação que quantas mais palavras aqui escrever, minhas, mais tu as recebes como és e depois voltas a lamentar o que sou.

18 janeiro, 2007

"When you reached the shore, everyone crowded around you.You the star!"




Tudo se confunde, rio e oceano como as descreveram um dia (um certo realizador), e tu aí com a tua confusão, menor que a minha talvez mas para mim maior porque não a fáço. Ri-te. É para comparar agora, para despentear e comparar. Não digas onde vês o rio e o oceano. Não digas que não vês absolutamente nada, não preciso de ouvir o que vês porque o sinto, e como existe a arte do cinema que mascara caras e corpos e nos mantém confusos ou iludidos, existe a arte de cada um para isso mesmo, e a arte, ao poker ou a caminhar pela sua verdade, convence ou não, conforme nos dispomos.
E dispomo-nos de certeza aqui tambem para um lado diferente.
A falar entre as folhas, este oceano que defende a Gemma é capáz de me levar numa viagem sem fim. O rio, tumultuoso, a fazer bluff no poker, leva-me apenas até ali, e com muita consciência de que só vou porque quero ir. Não imaginas como gosto que a minha ilusão seja maçadora e permanente. É como dizer-te que até defendo as duas mas só uma para mim é especial. Como nas versões várias do amor ou do enamoramento, sabemos tão bem o que gostamos, os livros que nos marcam, os poemas, as cidades. Se os confundimos é porque a paixão não é tão grande.
(foto - jennifer e Meg tilly)