15 abril, 2007

Acontece



Acontece. Começo a falar para dentro de mim, e de repente esqueço-me do dialecto, do que faço e assino e do que sou.
Quando falo para ti e penso nisso, aconteçe o mesmo.
Não me lembro se lhe chamaste arrogância, eu agora chamo-lhe arrogância e digo que lhe chamaste isso, a minha arrogância não me deixa acreditar que os outros saibam o que significa uma entrega, nem importa o numero de vezes que reviram os olhos.
Prometi ficar bem, ou escrever... Foi... Eu acho que foi uma dessas coisas. Mas não foi uma ordem, mesmo que fosse, sorririas e dirias que nunca seria... Que tu não ordenas.
Acontece que eu, de tanto ver o outro lado menos óbvio e de levantar as pedras para as ver por baixo, senti algures pelo meu dia que tinha que cumprir a ordem que não deste. Não acredito que me vejas como sou, porque não acho que vejas o mundo como eu o conheço. Falas-me dos outros e eu não subscrevo o que vês nos outros. Para mim é sempre um erro teu, um erro enorme, nada é tão distorcido como a tua verdade. Enerva-me. Enerva-me tanto que nem quero acreditar. Limpo. tiro tudo o que ouvi e imagino que é de propósito, é o que trago do passado, quando a encenação é a base para tudo, se encenares bem talvez consigas sentir. Há uma espécie de dominância nesse controlo que te dou, que te fáz incapáz de me desiludir, que vem com o sorriso do "não quero saber disso para nada" que tens porque tens, que é teu. E que me sobe pela raiz como uma esperânça de que sejas tal e qual como imagino. Sem possibilidade de haver melhor.

"O amor é o triunfo da imaginação sobre a inteligência.
É assim que eu te amo,
sem saber nada
mas imaginando tudo..."

1 comentário:

Anónimo disse...

Menina obediente! :)
...e sim. Não foi uma ordem. E mesmo que fosse, sorririas e dirias que nunca seria... Porque tu não recebes ordens!

Falas da minha verdade distorcida... :)
Não. Não é.
Embora saiba que essa minha verdade carrega uma certa dose de sensibilidade, de medo e de dúvidas, que espero manter.... O que tento (e acho que é a isto que dizes que é erro) é ficar vigilante para não ser o ipicentro dos "terramotos" emocionais, que muitas vezes derivam da tua dose de "arrogancia", que devastam em muitos momentos o nosso bem estar, a tranquilidade e abandonos possiveis ao prazer do momento...
Sei do que falo. Sou assim mas aprendi a domá-la...

Qt à imaginação... é verdade. Mas não carregará ela tb alguma dose de inteligência?