11 dezembro, 2009

As palavras não servem de muito

Afinal as palavras não servem para muito, nem servem de muito.
Estragam, a maior parte das vezes.
Tanta força que pomos no dizer as coisas e tão pouca na ilusão de as podermos dizer exactamente ao contrário,
Seria bom poder imaginar muito mais e por isso amar muito mais. Em vez de simplesmente amar por um dos fracos cinco sentidos e deixar de amar por outro.
Os livros tambem não dizem a mesma coisa a toda a gente, embora esteja tudo lá o que se quis dizer. E quando mergulho há tantas palavras por cada gota de àgua. E que podiam servir para tanto mas não servem para nada.
Nem para perceber se há diferença entre morrer de raiva e andar de metro.
E falar devia ser mais como morrer de raiva e menos como percorrer estações para chegar àquela em que se sai. Para que com pouco dos nossos sentidos se conseguisse perceber o que é de facto importante. Que serve para muito e serve de muito.
Imagino que amar seja mais ou menos parecido com o que sinto quando mergulho... Muitas palavras por cada gota de àgua e os sentidos semi-despertos de quem se vai "afundar", mas com muita força, numa ilusão.

7 comentários:

junkie disse...

Nem todas, algumas servem. São a minha nova droga.

najla c disse...

As palavras muitas vezes os colocam em confusões por isso deveemos medir oq falamos. Adorei seu blog! beijos.

Tristão disse...

Podes combina-las com imagens e são também os pequenos detalhes que fazem um filme, claro.
Mas até aqui são elementos difíceis de criar, para descrever e fazer sentir o espectador, porque cada um tem o seu estilo, a sua leitura e cada autor tem sua maneira de as escrever.

Adriana disse...

Concordo contigo.
Por vezes colocamos bastante esforço/ força ao dizer as coisas, coisas que não passam de meras palavras, o que acaba por não servir de muito .


P.s: Gosto do teu blog, bons textos (:

Nine Stecanella disse...

Palavras, muitas vezes não dizem nada. O silêncio é mais representativo.

FeeL disse...

Ainda que adore discorrer sobre o tema, refuto-me a usar o poder da síntese parafraseando terceiros na simples referência musical do Depeche mode - Enjoy the Silence

http://letras.terra.com.br/lacuna-coil/520829/traducao.html

Resume tudo.

Abraços, do Brasil!

Ávinner Prado disse...

E é a partir das palavras que vemos o valor das entrelinha! ;]

Ávinner Prado - http://www.arquiteeta.blogspot.com/