13 outubro, 2006

Cenas




Falamos do que é mental, da materialização dos receios e das coisas más que a cabeça guarda. E o amor, que tambem é mental, devia ser mais ainda para não corrermos riscos de amarmos quem não queremos.
Materializo aquilo em que acredito com medo ou com esperânça. E por isso é como se pudesse dizer que no fundo materializo aquilo que sou.
E sou capáz de te ver tão bem por tráz dessa tua vida. A ti, que me seguras e a ti que não me sabes segurar. Vejo-te, materializado pelas minhas vontades e pelos meus medos, porque sei que muitas vezes havemos de errar os mesmos erros. Não é exclusivo de ti nem de mim. E o amor mental, que não nos choca nem nos surpreende com a evidência de uma desilusão, tem menos de nós provavelmente, não nos ensina que esperamos cavaleiros e princesas à imagem do que mais nos atrai e do que mais nos repele e isto, permanentemente, a toda a hora, em todos os lugares, com os tais três olhos ou com uma cegueira já habituada. Eu acho que podemos ver e não ver nada. E não ver e ver tudo. Prefiro não ver e chegam-me cá estas ondas que vibram o que és e saiem de mim as que vibram o que sou, para que alguêm apanhe, quem sabe, para que alguêm apanhe com muita esperãnça minha que as mereça.
(foto - Demi Moore)

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois. Mas aqui o meu 3º olho serve agora para outras coisas... Serve para acordar meio azambuado a pensar numa só pessoa e a sentir saudades dela... Serve para fechar os olhos e vê-la...Serve para dizer-lhe "amo-te" sem nenhuns calculos mentais... Não serve, e já percebi que não, para lhe desmaterializar receios e medos, por muito amor (mental ou o que seja) que lhe tenha. Acho até que ela não vái nunca percebe-lo a tempo... O 3º olho vai estar sempre lá.
E qual principe?! As vezes sinto-me é um sapo nogento...verde!..E só porque na sua mente não passo de um gajo com tesão...
Maldito olho!!!
:(