14 setembro, 2006

Teresa e Tomás



Não fazes ideia quanto tempo aguento num sítio sem que me aperceba que as árvores estão a cair sobre mim.
Agora a frase devia ser sobre felicidade. E é! No fundo até é!
E enquanto ele, o Tomás, pensava no quanto era feliz, eu pensei que só num verdadeiro absurdo é que se consegue ficar calmo entre as arvores que se dobram.
Gosto do amor, quando revolve as pessoas no sentido do impossivel.
Não interessa se a natureza as leva para alguma direcção. Interessa que elas permanecem no que querem fazer e em quem querem ver. E é esta a frase para a felicidade, ou pode ser.
Que o amor é talvez permanecer em quem se quer ver.
Secalhar, depois, a consciência que se tem disso, é que já é morrer.

(foto - A insustentável leveza do ser)

2 comentários:

Anónimo disse...

Sim. É de morrer!
Pk o amor (amor real) é o resultado de uma certa inconsciência... é por isso que é louco, dói e, é peso (nda de levezas), insustentavel, incompreensivel, incomparavel, amargo...
E n dá para se explicar... é o tal absurdo que falas de ficar calmo entre as arvores que se dobram.
Não dá para parar um bocadinho para perceber porque aí as arvores caem mesmo...
Tens-me.
Tenho-te.
Temo-nos... mais nada!
Um dia conjugamos o pretérito perfeito e sentiremos que "tivemos"...
é isso o amor...

Anónimo disse...

Vou morrer um bocadinho...
Boa noite!