17 junho, 2005

O bocadinho de ar


foto-HarriElíasson

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento... (Sophia de Mello Breyner).
Ficamos na ideia da confusão, num espaço aberto mas denso, onde mal se respira mas ninguem acredita que mal respiramos.
Mesmo que eu morra o poema não sai do seu trajecto, mesmo que eu tenha esperãnça de vê-lo encontrar a praia onde quebrar as ondas. Eu morro e antes de o fazer ou o mato ou o alimento... E às vezes mato-o de alimento...
Viro-me para dentro e convenço-me que existe muito ar para respirar, só não convenço o mundo do bocadinho de ar que me falta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pareces desiludida com o mundo será? :(
E se o convenceres, (esse mundo) achas que ele te devolve o bocadinho de ar que te falta?
Mas k raio! lá tou eu a inventar... Secalhar esse ar nem é deste mundo. Sonhadora!
Olha, a mim ás vezes tb me falta/s e é por isso venho aki ler-te, ao mesmo tempo que vou enchendo os pulmões com umas cigarradas valentes. Compensa! :)