HeranAzevedo
Lembrei-me de ti.
De quando fugias para o outro lado do quintal com as mãos sujas duma terra quente. Entravas no pavilhão cinzento e fechavas as portas de correr até só caber o risquinho do teu olho à espreita.
Tinhas o medo maior do mundo de que descobrissem os teus segredos. E afinal ainda não tinhas segredos.
Lembro-me de ser igual a ti. E igual ao teu o meu medo.
Em muitos dias tambem ficava imóvel, não eram os minutos que importavam, o tempo não era tempo para mim ainda. O importante era manter-me longe do alcance. Como que a preservar a figura e o mundo. O meu particular.
2 comentários:
nao pude deixar de reparar que tambem ha por aqui uma admiraçao a um dos meus idolos: Rodin. Nunca me vou esquecer do arrepio que senti quando estive a apenas alguns metros do "pensador"...
Eu nunca estive a uns metros do "pensador", a uns metros físicos pelo menos... mas calculo que a sensação sería essa, do arrepio.
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