Este medo de ter medo não é nada bom.
Às vezes penso que já nem me lembro de como era não sentir nada por ali.
Tenho um baixo que se enche de sombras pequeninas a crescer até se tornarem crisálidas que depois crescem até se tornarem imagos.
E quase sempre o meu alto não consegue acompanhar o mistério da vida, sem que se lançe ele próprio no mundo das larvas. Eu tento subir por mim, mas é uma luta do caráças. E quando lá chego, ao cimo, vem o medo de ter medo outra vez, e lá recomeça tudo de novo...